Nossa busca por compreensão emocional começa no nosso próprio hardware: o cérebro. Condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos mostram que a desregulação comportamental nasce de diferenças estruturais na conectividade neural e no processamento sensorial. O comportamento atípico, aqui, é geralmente involuntário, uma reação a um mundo sensorialmente avassalador, não uma escolha intencional de causar dano. No polo oposto da intencionalidade, temos o Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS). Aqui, a neurociência aponta para um déficit afetivo crucial. Indivíduos com TPAS frequentemente exibem hipoatividade do Córtex Pré-Frontal e diferenças na Amígdala, a região cerebral ligada ao medo e ao remorso. Eles compreendem cognitivamente as regras sociais e a dor que causam, mas a ausência do "freio" emocional lhes permite escolher o comportamento predatório ou manipulador para benefício próprio. A sociedade, portanto, estabelece a distinção: o cérebro pode explicar...